Estou naturalmente de mau-humor, mais frustrado que revoltado. Desde que acabou o jogo, o mundo não ficou nem melhor nem pior, não ficámos mais ricos nem mais pobres, as dívidas à troika não foram pagas nem aumentaram (pelo menos teoricamente)!
Perdemos o jogo contra os Espanhóis, voltámos à realidade que é a vida quotidiana e que por estes dias tem sido menos difícil, nem que seja na nossa cabeça. Graças a um grupo de uns quantos dos nossos achámos que nos poderíamos bater de igual para igual com o melhor do que a Europa tem, mesmo que isso não seja em economia, educação, justiça ou saúde e apenas no correr atrás de uma bola de borracha.
Fomos bravos, capazes de anular o jogo do campeão mundial e europeu em título. Forçá-mo-los a ir aos penalties, pois antes dessa lotaria não nos conseguiram vergar e isso orgulha-me. Mas não é só isso que me orgulha, orgulha-me ser de São Jorge, palco da Batalha de Aljubarrota, coisa que nunca me canso de apregoar. Bem sei que isso já foi em 1385 mas todas as "pazadas" que as padeiras de Aljubarrota forem dando em espanhóis deixam-me contente e por esse motivo me sinto ainda mais triste, por serem eles a derrotar-nos no jogo de hoje.
Portanto, não me venham com aquela conversazinha dos "Nuestros Hermanos" porque se há coisa que não tenho, nem quero ter são irmãos espanhóis, aliás abomino essa expressão. De lá nem bom vento nem bom casamento, e a história já o provou!
Para domingo faço votos sinceros de que esses tais espanhóis que vão à final consigam uma memorável derrota. Não é por vingança nem por inveja, é mesmo porque gosto de os ver perder.
D.Nuno Álvares Pereira forever!!
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