30 de junho de 2012

Olha para as estrelas...

Não sei se foi entre pesquisas, se entre cliques em links, mas num saltitar de site em site cheguei a um vídeo feito por um norte-americano, Mathew Brown, que se dedica ao que ele chama de "Visual storytelling", ou seja, histórias contadas visualmente. O vídeo que me fez despertar a curiosidade pelo o autor é dedicado a Portugal.
Nos seus vídeos Matty Brown, como se apelida no Facebook, procura transmitir uma imagem emocional e provocadora das experiências nos locais por onde passa. 
Aqui fica o "Look up at the stars, Portugal"...

Mathew Brown - "Look up at the stars, Portugal"

29 de junho de 2012

Criatividade

Hoje é feriado graças ao São Pedro, pelo menos para quem trabalha no município de Porto de Mós. Normalmente os feriados e fins-de-semana são ocupados com algumas coisas que não as dos dias úteis habituais, por pretensa maior disponibilidade ou por a rotina ser simplesmente diferente. 
Para hoje havia uma série de tarefas que tinha planeadas, todavia se não fossem cumpridas não viria grande mal ao mundo até porque amanhã é Sábado, ou seja, podia deixar para amanhã o que não me apetecesse fazer hoje. Resolvi ainda assim, ser disciplinado e cumpri escrupulosamente o plano traçado. 
Uma das tarefas consistia em antecipar para hoje algumas limpezas. Numa dessas limpezas descobri uma coisa que é um sinal da criatividade da pequenita. Ela contrariamente ao alguns pirralhitos da suas idade nunca ligou minimamente a peluches, no entanto sempre gostou muito de livros, lápis de cor, canetas, papéis, enfim tudo o que lhe permita escrever. Desde relativamente cedo se interessou também pela televisão e pelo telecomando, que a fascina extraordinariamente, sobretudo quando alguém está atento a um programa.
Pois bem, enquanto limpava a televisão reparei na acto criativo que ela teve nestes últimos dias e que me tinha passado despercebido até agora, três ou quatro riscos de lápis de cor no ecrã. E nota-se que foi feito com algum critério pois utilizou cores diferentes. Felizmente com a luminosidade da televisão os riscos não se notam. Limpá-los não parece tarefa nada fácil pois o material do ecrã é baço e nos pequenos locais onde tentei atenuar ou remover a obra de arte, acabei por fazer pior. Portanto está visto que o "Graffiti" vai continuar por lá.

27 de junho de 2012

Nuestros Hermanos o Car@$%# !!!!

Estou naturalmente de mau-humor, mais frustrado que revoltado. Desde que acabou o jogo, o mundo não ficou nem melhor nem pior, não ficámos mais ricos nem mais pobres, as dívidas à troika não foram pagas nem aumentaram (pelo menos teoricamente)! 
Perdemos o jogo contra os Espanhóis, voltámos à realidade que é a vida quotidiana e que por estes dias tem sido menos difícil, nem que seja na nossa cabeça. Graças a um grupo de uns quantos dos nossos achámos que nos poderíamos bater de igual para igual com o melhor do que a Europa tem, mesmo que isso não seja em economia, educação, justiça ou saúde e apenas no correr atrás de uma bola de borracha.
Fomos bravos, capazes de anular o jogo do campeão mundial e europeu em título. Forçá-mo-los a ir aos penalties, pois antes dessa lotaria não nos conseguiram vergar e isso orgulha-me. Mas não é só isso que me orgulha, orgulha-me ser de São Jorge, palco da Batalha de Aljubarrota, coisa que nunca me canso de apregoar. Bem sei que isso já foi em 1385 mas todas as "pazadas" que as padeiras de Aljubarrota forem dando em espanhóis deixam-me contente e por esse motivo me sinto ainda mais triste, por serem eles a derrotar-nos no jogo de hoje.
Portanto, não me venham com aquela conversazinha dos "Nuestros Hermanos" porque se há coisa que não tenho, nem quero ter são irmãos espanhóis, aliás abomino essa expressão. De lá nem bom vento nem bom casamento, e a história já o provou!
Para domingo faço votos sinceros de que esses tais espanhóis que vão à final consigam uma memorável derrota. Não é por vingança nem por inveja, é mesmo porque gosto de os ver perder.
D.Nuno Álvares Pereira forever!!

25 de junho de 2012

Limpezas


A fotografia digital é uma coisa espantosa, permite-nos captar imagens sem nos preocuparmos com as despesas associadas ao rolo ou limitação a 24 ou 36 fotografias.
Normalmente, após um ou vários dias a tirar fotos, pego no cartão meto-o no computador e descarrego o seu conteúdo para uma pasta com a data e eventualmente a descrição do âmbito das fotos. Depois, selecciono aquelas que em meu entender são as melhorzinhas e copio-as para uma pasta no interior da primeira, para as editar ou melhorar. Nunca apago os originais pois posso não ficar contente com o resultado final e dessa forma nunca se perde uma obra-prima.
Como tenho alguma dificuldade em desfazer-me dos meus bens e as fotos não são excepção, raramente apago alguma coisa, excepto se o resultado for manifestamente merdoso e sem a mínima possibilidade de salvação. A juntar a este motivo, por vezes o tempo e a vontade não abundam e a pouco e pouco vão-se acumulando dezenas de “monos fotográficos” no disco.
Um destes dias por mera curiosidade procurei o espaço que tinha disponível no “disco da tralha” e para meu espanto era de apenas um quarto do total. Quando comprei o computador procurei um que tivesse dois discos físicos (diferente de um disco bipartido virtualmente), para utilizar um para os programas e outro para a restante informação a que chamo de “tralhas”. Assim quando o computador tem de ser formatado basta fazê-lo a um disco permanecendo a tal “tralha” intacta. Já por duas ou três vezes esta opção me poupou dissabores.
Após reparar nesse acumular de informação, decidi fazer uma limpeza a tudo o que não interessava e passei a tarde de ontem a eliminar os tais “monos fotográfico” que por lá tinha. Entre fotos desfocadas e sem interesse apaguei cerca de 1200. Porventura algumas não estariam completamente dentro do lote de perdidas, mas coloquei-me duas questões às quais as fotografias apagadas não obtiveram resposta positiva, “Para que é que eu iria manter fotos que nunca mais iria ver na vida com um mínimo de atenção ou emoção?”  e “Se as apagasse daria pela sua falta?”. Posto isto, a solução foi apaga-las.
Por exemplo, tinha uma pasta com perto de cem fotografias que tirei no ano passado nas grutas de Mira d’Aire, local que acho bastante agradável, daí a querer ver imagens de estalactites e estalagmites no computador… Procedimento: “Ctrl+t” (seleccionar tudo) “del” (apagar).
Pode colocar-se outra, qual o motivo que me levou a tirá-las. Simples, para aperfeiçoar nada melhor que praticar.
O próximo passo é conseguir fazer a mesma limpeza às fotos que tenho tirado da pequenita, mas neste caso o processo será bastante mais difícil e moroso. Neste caso, até as desfocadas parecem boas!

22 de junho de 2012

Gajómetro

Nos meus idos tempos de estudante do ensino superior tive a felicidade de pertencer a uma turma onde criei laços de amizade que permanecerão para toda esta vida e para outra se ela existir, como eu acredito. Éramos um grupo tão coeso que convivíamos nas aulas, fora delas, de férias, enfim andávamos quase sempre juntos quer fosse em estudo, quer em lazer. 
Um dia, íamos 4 ou 5 no carro de um dos "Mosqueteiros", diz ele em tom de brincadeira que o seu carro tinha um "gajómetro". O "gajómetro" era um detector de "gajas boas" que era accionado através do apito. Sempre que uma "gaja boa" atingia 15 numa escala de 0 a 20 no indicador de gajas boas, o carro apitava. Escusado será dizer que ao longo dessa viajem o "gajómetro" foi accionado uma série de vezes, até que a certa altura um azelha obrigou a uma buzinadela e o dono do suposto gadget teve de nos aturar o resto do dia a dizer que também se interessava por gajOs!
Esta introdução vem no seguimento do campeonato da europa, embora não pareça. Pelo que tenho visto na televisão e jornais, os polacos e ucranianos também devem ter instalado dezenas de "gajómetros" à entrada dos estádios.  É impressionante a densidade de meninas bonitas que nos invadem a casa diariamente, salvo-seja. Há sites de jornais desportivos que já têm fotogalerias especializadas no assunto! Até dá a sensação que foram escolhidas a dedo para aparecer nas imagens. Já não via um local tão bem frequentado desde que os Scorpions gravaram um DVD de um concerto que realizaram no Convento do Beato em Lisboa.
Só espero que o meu amigo tenha registado a patente do dispositivo, é que pelo andar da carruagem vai ficar milionário.

21 de junho de 2012

Passo a passo...

Acabei agora de escrever no meu facebook que "passinho a passinho, já só falta um pasodoble"! Estou naturalmente contente, ainda um bocado sob efeito da adrenalina no jogo, logo não consigo dizer muito mais que parvoíces. Sim, mais do que o habitual.
A selecção continua a jogar bem, de forma consistente e a caminhar passo após passo, sem entrar em euforias e sem se assumir como a "maior do mundo". Acredito que é assim que se trabalha sensatamente e só assim se pode traçar um percurso assertivo e seguro, com os pés assentes no chão e colocando-nos no nosso lugar. 
Hoje o jogo não foi fácil, mesmo sendo a equipa Checa o adversário teoricamente mais acessível, a competição chegou aos quartos-de-final e nesta fase já ninguém anda lá por acaso. Todos são candidatos ainda que com favoritismos diferentes.
Próximo passo, esperar pelo resultado do jogo entre França e Espanha. A balança cai para o lado espanhol, em minha opinião, mas seja qual for o vencedor desse jogo, só há uma coisa a fazer, continuar coerente com o percurso. Os adversários não se escolhem, enfrentam-se e vencem-se e é isso que a selecção de fazer, até porque daqui para a frente não voltaremos a ser favoritos.

20 de junho de 2012

Rio +20

Decorre no Rio de Janeiro entre hoje e sexta-feira a Cimeira Rio+20, que consiste abreviadamente num encontro entre representantes de vários países e Organizações Não Governamentais, com temas de discussão relacionados com o ambiente, desenvolvimentos sustentável e economia mundial.
A minha opinião em relação a esta cimeira é que é de elevada importância, sendo o princípio da sua organização de enorme valia. Mas, e há sempre um mas, considero que esta como muitas outras com âmbitos semelhantes aos agora debatidos, são de escassa eficácia. 
No início são criadas grandes expectativas, são feitos uns floreados com umas palavras bonitas, sempre com o ambiente a ser muito badalado, elaboram-se uns textos e umas propostas, vamos todos ser bons meninos daqui para a frente, porque o planeta tem recursos finitos e temos de nos preocupar com os nosso filhos, blá, blá, blá e mais blá.
A meio as coisas começam a mudar, um país estica para aqui o outro para ali, uns já só assinam um acordo se os outros cederem numa meta qualquer, enfim comportam-se como um bando de ricos avarentos por mais tesos que sejam e com o andar da carruagem estão todos mais preocupados com o seu umbigo do que com o bem global. 
No final elabora-se um acórdão bonito, vago e tão oco quanto possível, tiram umas fotos para o álbum de família, gabam-se dos esforços conjuntos e sobretudo dos próprios, para jornalista ver e o resultado final são migalhas. Infelizmente é este o desfecho que eu espero desta cimeira, o que é pena. Pode estar a perder-se uma grande oportunidade para dar uma cambalhota neste malograda crise. Há muito por resolver e este poderia ser o local para propor ideias com preponderância para ajudar a arranjar soluções. Temas como a Energia, gestão de recursos e cooperação entre países podiam ser caminhos muito importantes para impulsionar a economia, gerar emprego e minorar impactes, desde que no barco todos remassem na mesma direcção.

18 de junho de 2012

4 de Liverpool


“Qual é a tua música preferida dos Beatles?”, foi esta a pergunta que me fez a minha amada enquanto assistíamos ao tributo feito aos Beatles no programa Ídolos.
“É difícil dizer qual é a minha preferida, porque gosto de muitas. Gosto muito da “Yesterday” mas como tem sido tão tocada, já me começo a fartar de a ouvir. Gosto muito da “You’ve got to hide your love away”, talvez seja mesmo essa a minha preferida”, disse eu seguindo a lógica de ser a primeira a surgir-me no rápido exercício de memória, que indica ser provavelmente aquela que mais me agrada.
É um facto que os Beatles não são a minha banda preferida, contudo reconheço que marcaram uma época e são provavelmente a banda mais emblemática de um determinado período da história musical. A sua popularidade estendeu-se a outras gerações e não será por acaso que os miúdos de 16 anos que ontem cantaram as suas músicas, se sentem familiarizados com elas.
Certamente que o seu repertório irá permanecer por séculos tal como aconteceu com o dos mais célebres compositores de música erudita, é essa a tendência natural da música de qualidade.

The Beatles - You've got to hide your love away

17 de junho de 2012

Apurados

Poderia assumir uma postura arrogante e dizer que estava insatisfeito com o resultado do jogo Portugal - Holanda, em que ganhámos por 2 a 1, por termos perdido uma oportunidade para golear, mas não estou. Estou muito satisfeito, jogámos contra o vice-campeão do mundo e dominámos largamente o encontro, tivemos oportunidades para muito mais do que um escasso 2 -1, mas ganhámos, passámos aos quartos de final e isso é que interessa.
A nossa selecção teve uma atitude humilde e trabalhadora, um exemplo! Gostei de ver toda a equipa porque funcionou dessa forma, em equipa. Quanto a Cristiano Ronaldo, passou de besta a bestial num ápice e por mim nem foi uma coisa nem outra nos 3 jogos já realizados. Está cansado, nota-se perfeitamente e hoje embora tenha marcado 2 golos, isso foi claramente evidente. Outra coisa não seria de esperar pois nesta época, que já vai longa, tem cerca de 80 jogos nas pernas. Tem andado cabisbaixo, rabugento, com falta de discernimento e capacidade de decisão, sendo o resultado o que se viu no jogo com a Dinamarca. Há que aliviar um bocado a pressão que se lhe põe nos ombros, afinal é destacadamente o melhor jogador da Europa e está do nosso lado!
Agora segue-se a República Checa, que em minha opinião está ao nosso alcance, desde que a atitude seja a mesma demonstrada até agora. 
Quanto à malta que anda lá fora a apitar feita parva, vamos lá ter calma que só ganhámos um jogo e eu tenho a miúda a dormir. Vou ficar naturalmente chateado se ela acordar, portanto se me pudessem poupar a esse desconforto agradecia-vos encarecidamente!

16 de junho de 2012

Pente dois

http://www.almightydad.com
Habitualmente gosto de andar com o cabelo curto, de preferência muito curto e como já estava a ultrapassar a medida aceitável, hoje era um bom dia para tratar do assunto. Dez em ponto e lá estava eu a chegar ao salão de cabeleireiro, ou como eu prefiro ao "barbeiro", se bem que nunca paguei para me encostarem a navalha à garganta.
Sentei-me na cadeira, o barbeiro perguntou "Então e hoje é pente dois?" e a natural resposta "É pois!". Isto de atendimento personalizado é outra categoria!
Corte de cabelo implica "converseta" e tendo em conta que o salão estava vazio perguntei:
- Então, a malta com a crise corta menos o cabelo?
Respondeu o barbeiro:
- Sim, tem dias que passo aqui tempo a ler o jornal. Ás vezes aparecem dois ao mesmo tempo e um vai-se embora porque não quer estar à espera. Se fosse no dentista esperavam para os aleijarem, para cortar o cabelo estão sempre com pressa!
A conversa foi continuando até que falou na importância de cativar os clientes na necessidade de os fazer sentir-se melhor no salão, até que começou a falar das remodelações que tinha feito no primeiro salão do qual tinha sido sócio, uma barbearia no centro de Leiria.
Lembro-me muito bem desse local, foi aí que o conheci há perto de trinta anos, ia com o meu pai lá cortar o cabelo. Era um salão daqueles tipo cenário de filme, 4 cadeiras alinhadas, barbeiros de bata e ao fundo o Rui engraxador (que soube hoje ter morrido há uns 8 anos). 
Nessa altura os clientes "eram aos 15 e aos 20 à espera, não se iam embora e no máximo numa hora ficavam despachados e satisfeitos". 
Quinze minutos depois estava mais leve e despachado. Desejámos "Um bom fim-de-semana e até à próxima" um ao outro e vim para casa com a satisfação de voltar na memória àquele velho salão onde ia com o meu pai.

13 de junho de 2012

Sofrido

Hoje levantei-me com um pensamento optimista em relação ao resultado da selecção, contrariamente ao que tinha indicado o polvo Paulo, eu acreditava que Portugal ia ganhar à Dinamarca. Não era minha intenção subestimar os Vikings, mas tinha uma sensação positiva. 
Não tive oportunidade de ver a jogatana por apenas sair do trabalho às 18h30, no entanto em dias de jogo da selecção há sempre direito a relato no local de trabalho e por vezes até o patrão lá vai perguntar o resultado. Começámos bem e com relativa rapidez chegámos aos 2-0, depois começou o sofrimento com a redução da vantagem para 2-1 e os prognósticos começaram a ser mais reservados e a gerar alguma apreensão.
Com a segunda parte, e embora seja por vezes difícil ter a percepção pelo rádio da intensidade real do jogo e para que lado pende a balança, voltei a ter o sentimento de que estávamos melhor, embora a ansiedade permanecesse. Quando o relógio chegou às 18h30 saí em passo apressado, com um bocadinho de sorte ainda conseguia ver 10 minutos de bola. Nestes dias o transito está geralmente a favor por haver menos carros na estrada, e quando cheguei à frente da televisão ainda o relógio estava a entrar nos 80 minutos,  ou seja, mesmo a tempo do balde de água fria que foi o empate. Nesta altura a esperança quase desapareceu. Felizmente e quando já estava quase na hora do adeus, um tal de Varela dá uma valente biqueirada na atmosfera (daquelas que aumentam o buraco do ozono), e redime-se com uma meia-volta que mete a borracha na gaveta dinamarquesa! Foi a explosão familiar, com um "GOLO" colectivo em que até a minha querida mãe festejou. 
O futebol tem destas coisas, em épocas onde vivemos as depressões da crise, valha-nos uma alegria que não sendo fundamental para os nossos quotidianos, faz-nos sonhar um bocadinho com uma afirmação do país, mesmo que ao pontapé na bola.

12 de junho de 2012

Maratona


No passado sábado participei numa maratona fotográfica organizada por uma loja pertença a uma multinacional francesa. Não sou grande fotógrafo, mas como os azelhas também têm direito a participar nestas actividades, quando são abertas a profissionais e não profissionais, lá fui eu.
Foi sem dúvida um dia muito bem passado, sobretudo por ser um hobby que me agrada bastante e por ser um dia diferente com muitas oportunidades para uns disparos.
A maratona decorreu das 10 da manhã à meia-noite (com tempo para almoço e jantar). Ao longo da jornada foram propostos 6 temas, todos associados a títulos de livros de autores portugueses, que serviriam de mote às fotografias captadas e sujeitas a concurso.
Não sendo fácil, pelo menos para mim, conseguir ser criativo ao ponto de captar momentos que se enquadrassem nos temas, valeu a pena participar pelas oportunidades que surgiram para fazer o gostinho ao dedo, à vista e também para tirar algumas fotos à cidade de Leiria, coisa que há bastante tempo pensava fazer.
Só foi pena no final do dia termos de entregar os cartões das respectivas câmaras fotográficas para que a organização recolhesse os trabalhos de cada um. Assim, tive de aguentar a ansiedade para ver as “obras-primas” até hoje, dia em que finalmente pude ir buscar o cartão. Resta agora escolher as imagens de acordo com os temas e enviar as suas referências via e-mail à organização.
Do que pude observar, não serei certamente o escolhido para receber um dos prémios, ainda assim isso pouco importa. O que importa é participar e melhorar.

8 de junho de 2012

Violência nos telejornais


Os telejornais invadem-nos as casas diariamente com notícias e imagens habitualmente dramáticas ou mesmo trágicas, por vezes parece que no mundo só existe a desgraça ou só a desgraça é que merece atenção.
Se calhar fruto dessa constância de imagens violentas na televisão, fui-me anestesiando e tornando pouco impressionável com a crueldade que por lá passa. Não me era indiferente ver imagens de sofrimento, mas a comoção passava assim que desapareciam da vista.
Ultimamente isso tem sido alterado, sobretudo quando se trata de violência envolvendo crianças ou do seu sofrimento por alguma fatalidade, não necessariamente motivada por agressões. Nesta última semana então, tem-me sido particularmente difícil ver imagens dos incidentes ocorridos na Síria onde centenas de pessoas, independentemente da idade ou género foram executadas com uma crueldade indescritível.
Hoje à hora de almoço, vi um conjunto de imagens que se repetiram vezes sem conta na minha mente ao longo do dia. O bloco noticioso começou com uma série de corpos de crianças envolvidos em lençóis brancos, todas vítimas de mais um massacre perpetrado pelo exército sírio. Depois, um bebé com 3, 4 meses no máximo, com um estilhaço alojado na sua testa, escorrendo-lhe o sangue em dois fios pela carita enquanto chorava compulsivamente. 

7 de junho de 2012

Fraco exemplo

O porta-voz do partido de extrema-direita grega Amanhecer dourado resolveu da forma como se pode ver no vídeo abaixo, as divergências de opinião que tinha com as deputadas dos partidos de esquerda num debate realizado ontem na televisão grega.
Segundo me ensinaram, os exemplos vêm de cima, ou seja, quem representa os cidadãos na assembleia deve poupar-se a estes comportamentos pouco dignos, pois as suas acções podem influenciar os mais curtos de vista que os seguem.


6 de junho de 2012

Selecção circense


O treinador Manuel José afirmou ontem que o estágio da selecção um parecia o “circo” pelas constantes festas e pela excessiva atenção que os media lhe dão, ao estilo “Big Brother”. Ontem Carlos Queirós afirmou compreender os comentários do seu colega de profissão, sendo ele próprio uma vítima da mesma tentativa, aquando da sua passagem pela selecção.
Segundo Queirós, antes da elaboração da convocatória para o campeonato do mundo de 2010, chegaram a propor-lhe a chamada de 22 jogadores em vez dos habituais 23, sendo que o 23º elemento seria eleito pelo público numa votação acompanhada por uma televisão. Carlos Queirós não aceitou!
Como sócio da selecção portuguesa com as quotas pagas, ou seja, cidadão detentor de BI português com impostos em dia, também me sinto no direito de dar a minha alfinetada em jeito de sugestão. Assim, venho propor que no próximo grande torneio a convocatória seja ainda mais inovadora. Acho que o seleccionador deve aceitar a proposta rejeitada por Carlos Queirós com uma pequena inovação, o detentor do cargo deve nomear 21 jogadores. O 22º deve ser encontrado através da votação do público e o 23º através de um sorteio feito após a venda de umas rifas aos cidadãos nacionais interessados em ir à selecção. Este sorteio implica não só um maior envolvimento dos portugueses na causa “Selecção nacional”, como dá também a oportunidade a um mero cidadão, independentemente da proeminência da sua zona abdominal, idade e classe social, de realizar um sonho! Qualquer um de nós pode ir à selecção, passear de charrete, dar autógrafos, engatar gajas (ou gajos), conhecer o presidente, receber uma medalha, enfim um sem número de oportunidades.
No dia do sorteio, a transmitir obrigatoriamente na TVI, junta-se meio país num relvado de um qualquer parque português, oferecem-se ainda meia-dúzia de electrodomésticos e põe-se a família Carreira a cantar toda a santa tarde. O dinheiro da venda das rifas serve para ajudar a pagar as despesas feitas pela selecção que rondarão cerca do dobro da média gasta pelas adversárias.
Antes do início da competição, uma qualquer cadeia de supermercados vai passear carros com publicidade nas ruas dos países adversários, a relembrá-los das derrotas que obtiveram em confrontos anteriores com a nossa Selecção, de preferência em tom insultuoso. Ah, afinal isso já foi feito este ano e já não é inovação! 

4 de junho de 2012

Português traiçoeiro


Como diz o adágio popular, “O português é uma língua muito traiçoeira”, se falarmos da sua aprendizagem por uma criança de 1 ano e meio, a sentença não poderá ser mais verdadeira.
A pequenita é muito dedicada à aprendizagem da sua língua materna, nota-se mesmo que faz um esforço em repetir o que ouve e por o fazer o mais parecido ao que lhe é dito. Por vezes repete 3 ou 4 vezes uma palavra e nota-se que por vezes melhora a cada repetição. Corro o risco de não ser muito imparcial na avaliação pela ligação de pai que tenho com ela, mas acho que não estou a cair em exageros.
Ontem estava sentada à mesa e dirigiu-se a mim com um “Pai, a puta!”. Fiquei um bocado espantado com o vocabulário, sem saber muito bem o que dizer, primeiro porque não sabia onde teria ido buscar tal palavra e segundo por ela não conhecer ninguém que pratique a actividade. Repetiu novamente, agora estava eu a olhar para ela e pude perceber-me pela colher que tinha na mão que tinha acabado de comer a compota de “Fruta”.
Corrigi-a mas ela insistia naquela palavra. Tive uma ideia, e que tal em vez de “fruta” dizer “frutinha”. Obviamente que o resultado não foi muito melhor pois a dificuldade dela era em dizer “Fr” e não “uta”, logo não era solução a suposta brilhante ideia.
Como viu que aquela palavra tinha causado uma reacção diferente, insistiu vezes sem conta até se fartar. A tarefa agora terá de passar por ensiná-la a melhorar a sua dicção no que respeita ao “Fr”, de preferência com recurso a outras palavras.