Ontem uma notícia da
revista Visão dava conta da execução de um homem, Carlos DeLuna, condenado à
pena de morte nos anos 80, por engano. O facto deveu-se a ter sido considerado
culpado pelo assassinato de uma mulher à facada, valendo-lhe a execução por
injecção letal em 1989.
Ao longo dos anos em que
esteve no corredor da morte tentou provar ingloriamente que não havia sido ele
a cometer o crime, mas um seu conhecido cuja aparência física era muito
idêntica. Ao que tudo indica a investigação foi mal conduzida, foram cometidos
erros graves e não se recolheram nem analisaram todas as provas, nomeadamente
vestígios presentes na vítima e local do crime.
Após 6 anos de investigação
exaustiva iniciada em 2004, o professor James Liebman conjuntamente com 12 dos
seus alunos chegaram à conclusão que o crime foi praticado por Carlos Hernandez
e não Carlos DeLuna, falando este último a verdade. Dessa investigação resultou
um livro “Los Tocayos Carlos” que esclarece o sucedido.
Sou completamente
contra a pena de morte, independentemente do crime praticado não só pela
possibilidade da ocorrência de erros como este, mas porque um estado não deve
praticar um crime para aplicar justiça. A pena de morte é, na minha opinião, um
crime que segue um princípio de vingança e a justiça dos tribunais não deve
prever actos de vingança. Faz-me alguma confusão que supostos países evoluídos,
como é o caso dos Estados Unidos da América, continuem a prever no seu código
penal actos terceiro mundistas.
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