O dia de hoje é particularmente importante para a Igreja católica, sobretudo para a portuguesa, pela comemoração do aniversário da aparição da Nossa Senhora de Fátima na Cova da Iria. Como católico que sou, este dia não me é indiferente, se bem que não costumo deslocar-me lá nesta data pela confusão inerente a tão grande multidão.
Este ano, a afluência foi bastante grande e ou muito me engano, ou muitas das pessoas que passaram pelo Santuário de Fátima, fizeram-no pelas circunstâncias difíceis que vivemos. Como eu as compreendo, embora não me identifique muito com essa prática.
A fé é do meu ponto-de-vista algo pessoal que cada um deve viver como bem achar, desde que isso não interfira com a liberdade alheia e eu, sem os querer julgar, não concordo que se recorra apenas à ajuda divina aquando das dificuldades, tal como não concordo com o "pagamento de promessas". A ideia de que só vamos a Fátima a pé se recebemos essa ajuda dá um ar de um certo "interesseirismo" pouco consonante com aquilo que devia ser a religião. Por diversas vezes fui a Fátima a pé e irei as vezes que considere oportunas, mas não o faço por promessas, faço-o pelo convívio, pela experiência, pelo sacrifício e até hoje valeu sempre a pena mesmo sem pedir nada em troca.
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