Ao segundo referendo
realizado, a prática do aborto foi despenalizada, descriminalizada ou como eu
prefiro dizer, liberalizada. Passou a ser possível fazer um aborto em Portugal,
sem ser por risco de vida da mãe ou do bebé, por violação ou malformação do feto,
circunstâncias previstas anteriormente na lei, e não se ser punido.
Na altura do debate
que precedeu o referendo cheguei a comentar com amigos, que liberalizar o
aborto em Portugal era muito perigoso por haver quem o entendesse como mais um
método contraceptivo. Dos vários defensores da liberalização que ouvi na altura
na televisão, um deles dizia que nenhuma mulher o praticaria de forma leviana. Pois
bem, a manchete do Jornal de Notícias de hoje indica que “há mulheres a abortar
mais de uma vez por ano”. Se isto não é uma atitude leviana, o que será? O
mesmo jornal refere que por cada cinco nascimentos há um aborto voluntário.
Se em 2007 quando votei
contra a liberalização do aborto, hoje não tenho a mínima dúvida que se
confirmam os meus piores receios. Todo o dinheiro gasto pelo estado nesta
prática, não sujeita a quaisquer taxas moderadoras, teria sido melhor aplicado
numa séria política de planeamento familiar.
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