Ultimamente tem sido
uma constante o debate sobre a continuidade ou eliminação de dois feriados e
dois dias santos. O governo propõe esta medida de austeridade por uma questão de
aumento da produtividade e redução de custos, o que em minha opinião não faz
muito sentido, pois as empresas debatem-se com a dificuldade de escoamento dos produtos
e não com a falta de capacidade produção.
Quanto aos feriados
aprecio-os bastante, mesmo os municipais que acho completamente ridículos. Se
há feriado que afecta a produtividade e relações interempresariais este é um
deles. Não compreendo porque é que esta não é a primeira opção para eliminação
de um feriado. O único argumento que me ocorre é o facto dos dias de Santo
António em Lisboa e de São João no Porto serem os feriados municipais das
respectivas cidades, o que poderia desencadear algum tipo de contestação por
parte das populações afectadas, pela privação das festividades habitualmente
celebradas.
Quanto ao estado
português se é laico como se pressupõe, ou seja, neutro quanto a questões
religiosas, não fará sentido comemorar feriados religiosos, sejam eles
católicos, judeus ou muçulmanos. Com isto quero dizer que nós comemoramos
feriados católicos previstos na legislação quando tal não deveria acontecer.
Os feriados civis, são
também um caso algo paradigmático, pois para os monárquicos não fará muito
sentido comemorar o dia da implantação da república, para os que acham que isto
era bom antigamente, não fará sentido comemorar o 25 de Abril. Para os que
estão constantemente a dizer mal da Pátria não lhes faria mal trabalhar no 10
de Junho.
Quero com isto dizer
que em minha opinião, os feriados deviam ser todos eliminados e não, não estou
a brincar nem a ser irónico. Passo a explicar, seria muito melhor, quer para as
empresas quer para os trabalhadores, acabar com os feriados e converter esses
dias em férias. Ou seja, a empresa conseguiria optimizar o seu funcionamento e
os colaboradores tirar os dias para férias aos quais dessem mais valor ou importância.
Não se colocaria a questão religiosa pois os católicos poderiam continuar a celebrar
os seus dias de guarda, bem como os membros dos restantes credos. Os ateus e
agnósticos teriam mais dias para ir para a praia.
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