Os jogadores de
futebol não ganham todos ordenados milionários, são geralmente bem pagos
comparativamente com a média praticada nas outras profissões, mas nem todos
ganham balúrdios. Este facto é ainda mais real em equipas portuguesas
exceptuando os 3 grandes.
O meu objectivo não
passa por afirmar que os jogadores de futebol são uma classe desfavorecida, mas
considerando que é uma profissão de curta duração, rapidamente o dinheiro ganho
pela grande maioria dos jogadores se “evapora” se não for muito poupado e mesmo
assim, os 10 ou 15 anos de profissionalismo não lhes garante a subsistência até
ao fim da vida.
Ultimamente, têm-se
ouvido vários casos, geralmente comunicados pelo sindicato dos jogadores, em
que os clubes não pagam os ordenados ou que um jogador ou outro, ou mesmo uma
equipa inteira se debate com grandes dificuldades para sobreviver
condignamente. Hoje, antes de sair de casa para ir trabalhar ouvi uma notícia
relacionada com a União de Leiria em que os jogadores tinham 4 meses de
ordenados em atraso. Com este cenário não tenho absolutamente dúvida nenhuma
que alguns jogadores e respectivas famílias terão bastantes dificuldades para
garantir a sua alimentação e restantes despesas básicas.
Quando era pequeno
lembro-me de ir várias vezes ao estádio municipal de Leiria ver jogos, numa
altura em que o clube militava na segunda divisão, sendo frequente ver a “casa”
bem composta ou mesmo cheia. Já com o clube na primeira divisão vi também o
estádio várias vezes quase ou mesmo cheio. Com o tempo isso foi mudando e as
pessoas foram-se afastando do clube. Ultimamente nem com bilhetes gratuitos o
estádio enche e a média de assistência rondará os mil, mil e poucos
espectadores. Com estas assistências acontece o inevitável, fracos resultados
de bilheteira e menores encaixes por patrocínios. Assim é difícil o clube
sobreviver e o mais certo é começar a descer de divisão, sendo difícil não
acabar na 3ª divisão, ou acabar mesmo como instituição.
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