30 de abril de 2012

Campo Militar de São Jorge


Capela de São Jorge - http://www.timetogo.com

A classificação de um determinado local como Património ou Monumento Nacional é, em minha opinião, um motivo de satisfação e orgulho para a população que aí habita ou tem alguma ligação a esse local. Essa distinção significa a valorização, desse património e constatação oficial da sua importância para o país.
O campo militar de São Jorge, aldeia de onde orgulhosamente sou mas onde infelizmente não moro, está classificado como Monumento Nacional por aí se ter realizado em 1385 a Batalha de Aljubarrota. Nessa batalha, as tropas lideradas por D. Nuno Álvares Pereira venceram o exército Castelhano, com larga vantagem em número de soldados, culminando na ascendência do Rei D. João I ao trono.
Contrariamente ao que eu esperava, a atribuição desse título não veio trazer satisfação à população e de lá até agora têm sido muitos os protestos por via da criação de uma ZEP (Zona Especial de Protecção) aprovada em Dezembro de 2010, que implica uma série de condicionantes construtivas e de transferência de propriedade de terrenos. Foi criada uma comissão para a defesa dos interesses da população e mais recentemente aprovado na Assembleia Municipal de Porto de Mós o pedido de desclassificação de Monumento Nacional do Campo Militar de São Jorge.
Não quero aqui tecer qualquer juízo de valor em relação aos motivos de discórdia em relação ao conteúdo das imposições previstas para a ZEP, por correr o risco de ser mal fundamentada. Em minha opinião, é imperativo que sejam definidas regras por se tratar de um património comum que deve ser preservado para benefício de todos. Considero que essas regras devem ser também ajustadas à realidade da população que aí vive e/ou trabalha.
Em circunstância alguma concordo ou concordarei que se submeta um pedido que vise a desclassificação do Campo Militar de São Jorge ou de outro qualquer local do título de Monumento Nacional. A solução nunca passará por aí! Deverá haver um esforço conjunto em adequar a ZEP e suas condicionantes às necessidades da população, sempre passando por esclarecer eventuais mal-entendidos e percebendo que o Campo Militar, Centro de Interpretação e estruturas que possam ser criadas serão uma mais-valia para a região e ajudarão a divulgar um acontecimento importante da nossa história. 

27 de abril de 2012

Iluminados


http://www.treehugger.com

Uma das newsletters que recebo diariamente é de um site chamado “Gizmag”. O Gizmag é um local onde são divulgadas “tecnologias emergentes”, vulgo “invenções”.
Numa das newsletter que recebi esta semana vinha um objecto que achei particularmente interessante, que consistia num candeeiro de baixo consumo energético, com baixa manutenção e consequentemente reduzidos encargos monetários. Na apresentação do “gadget” que dava pelo nome de “Nomad Solar Lamp” dizia que tinha sido desenvolvido com a preocupação de possibilitar a populações desfavorecidas o acesso à luminosidade a baixo custo, como alternativa aos candeeiros a petróleo, sem riscos de incêndio, explosão ou asfixia pela inalação dos gases tóxicos.
O dito candeeiro utiliza a energia solar para alimentar lâmpadas LED que podem permanecer acesas entre 6 e 35 horas, em função da intensidade da luz requerida pelo utilizador. A empresa belga responsável pela criação disponibiliza esta magnífica solução, ideal para as populações desfavorecidas por uns meros 95€. Isso mesmo nem mais nem menos 95€, mas só a partir de Setembro próximo. Desconfio que o produto vai esgotar!!!
É impressão minha ou populações que se debatem com a fome não estarão em condições de dar 95€ por um candeeiro! Haja juízo.

26 de abril de 2012

Tetracampeã


http://judo.com.pt

Esta carinha laroca, que é um bocadinho “sopinha de massa” e atleta do Glorioso, é danada para malhar nas adversárias. Pela quarta vez, Telma Monteiro subiu à posição mais alta do pódio ao sagrar-se campeã europeia de Judo na categoria de menos de 57 kg.  Nas oito edições de campeonatos da europa em que participou nunca obteve menos que um dos três mais honrosos lugares.
Telma Monteiro é um excelente exemplo da resistência portuguesa. Numa altura em que a europa em peso nos arreia forte e feio, a moça dá a saborear do mesmo às rivais.  Fico muito contente que esta judoca, vinda do país do futebol, ponha os outros países a olhar para a nossa bandeira de baixo para cima. O mais chato desta vitória foi ter ganho na final a uma atleta grega que já deve estar fartinha de levar no toutiço.

25 de abril de 2012

25 de Abril


http://marcoensecomonos.blogspot.pt
Hoje o calendário assinala 25 de Abril de 2012, ou seja, passaram 38 anos desde a revolução dos cravos.
Não vivi antes de 1974 portanto tudo o que possa dizer é fundamentado pelo que ouvi das pessoas que conheceram essa época. Ainda assim, penso que tenho uma noção de como era a vida antes do dia 25 de Abril desse ano.
Infelizmente, o percurso que nos trouxe até ao presente não foi o sonhado nesse dia, o direito à liberdade nem sempre foi respeitado enquanto valor e muitas vezes foram esquecidas as responsabilidades que a liberdade implica. O direito a fazermos o que pretendemos não nos iliba de respeitar os direitos de quem pode ser afectado pelas nossas acções.
Quem viveu a ditadura e se habituou a ter pouco mas vivendo de forma segura, com a sensação de que o poder instalado era mau mas de confiança, tem alguma dificuldade em aceitar que nos dias de hoje o poder seja mau e incompetente. Que possa usufruir da liberdade mas que haja alguma falta de respeito. Que as portas de casa já não possam ficar abertas como acontecia nessa época. Tudo isto leva a que se ouça que “O Salazar faz cá tanta falta”.
Não querendo discutir os papéis, as pessoas e o governos de Salazar e Marcelo Caetano, acho que hoje estamos bem melhor. Acho que o 25 de Abril bem ou mal executado e conduzido, valeu a pena.
É de um valor inestimável podermos ser livres para fazer as nossas escolhas, termos acesso à cultura, vivermos numa sociedade mais justa ainda que possa não parecer, ter acesso a melhores cuidados de saúde e tantas outras coisas às quais não damos valor diariamente porque simplesmente já estamos habituados a elas. É extraordinário podermos dizer o que pensamos por mais absurdo que isso seja, sem que um lápis azul nos censure ou a PIDE nos prenda e torture.
Evelyn Beatrice Hall (escritora inglesa) escreveu numa biografia sobre Voltaire, caracterizando a sua defesa pela liberdade de expressão, “Eu desaprovo o que dizes, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”, foi também por isto que aconteceu o 25 de Abril.

24 de abril de 2012

Feriados, sim ou não?


Ultimamente tem sido uma constante o debate sobre a continuidade ou eliminação de dois feriados e dois dias santos. O governo propõe esta medida de austeridade por uma questão de aumento da produtividade e redução de custos, o que em minha opinião não faz muito sentido, pois as empresas debatem-se com a dificuldade de escoamento dos produtos e não com a falta de capacidade produção.
Quanto aos feriados aprecio-os bastante, mesmo os municipais que acho completamente ridículos. Se há feriado que afecta a produtividade e relações interempresariais este é um deles. Não compreendo porque é que esta não é a primeira opção para eliminação de um feriado. O único argumento que me ocorre é o facto dos dias de Santo António em Lisboa e de São João no Porto serem os feriados municipais das respectivas cidades, o que poderia desencadear algum tipo de contestação por parte das populações afectadas, pela privação das festividades habitualmente celebradas.
Quanto ao estado português se é laico como se pressupõe, ou seja, neutro quanto a questões religiosas, não fará sentido comemorar feriados religiosos, sejam eles católicos, judeus ou muçulmanos. Com isto quero dizer que nós comemoramos feriados católicos previstos na legislação quando tal não deveria acontecer.
Os feriados civis, são também um caso algo paradigmático, pois para os monárquicos não fará muito sentido comemorar o dia da implantação da república, para os que acham que isto era bom antigamente, não fará sentido comemorar o 25 de Abril. Para os que estão constantemente a dizer mal da Pátria não lhes faria mal trabalhar no 10 de Junho.
Quero com isto dizer que em minha opinião, os feriados deviam ser todos eliminados e não, não estou a brincar nem a ser irónico. Passo a explicar, seria muito melhor, quer para as empresas quer para os trabalhadores, acabar com os feriados e converter esses dias em férias. Ou seja, a empresa conseguiria optimizar o seu funcionamento e os colaboradores tirar os dias para férias aos quais dessem mais valor ou importância. Não se colocaria a questão religiosa pois os católicos poderiam continuar a celebrar os seus dias de guarda, bem como os membros dos restantes credos. Os ateus e agnósticos teriam mais dias para ir para a praia. 

21 de abril de 2012

Alteração de planos


Se os planos tivessem corrido como estava previsto, neste momento não estava aqui a escrever por me encontrar a passar o fim-de-semana fora, mais exactamente no Buçaco. Infelizmente a pequenita ficou com febre durante a noite de anteontem para ontem e naturalmente acabámos por ficar por casa.
Como é óbvio a saúde da minha filha está sempre em primeiro lugar e embora me soubesse muito bem sair de casa dois dias para quebrar a rotina, assim que vi no termómetro a temperatura que ela tinha, os planos caíram logo por terra. Mesmo que ela recuperasse ao longo do dia a preocupação iria manter-se. Ver 38,5ºC ou 39ºC no termómetro assusta.
Desde que a pequenita esteve hospitalizada em Agosto, esta é a segunda vez que ela tem febre, a primeira foi há 3 ou 4 meses atrás, na sequência da reacção a uma vacina, situação perfeitamente normal e que rapidamente passou, mas que não deixou de me alarmar. Aliás, desde essa situação em Agosto que o “medo” das suas febres me atormenta um bocado e a qualquer desconfiança de uma temperatura mais alta passo-lhe logo a mão pela testa a confirmar se está tudo dentro do normal.
Enquanto a levava ontem para casa dos meus pais, olhava pelo espelho retrovisor e aquela imagem da sua carita murcha com os olhitos tristes deu cabo de mim. Bem que me esforço por tentar manter algum bom senso e discernimento para não fazer tempestades em copos de água, mas o pensamento de que a pequena pode estar em sofrimento dói bastante.
À noite foi mesmo necessário ir ao hospital com ela por a febre ter subido repentinamente. Quando foi observada na triagem das urgências já estava com 39,9ºC. Depois de uma radiografia ao tórax a pediatra receitou-lhe um antibiótico e viemos para casa para uma noite um pouco mais calma mais ainda com febres altas. 

19 de abril de 2012

Athletic Bilbao


Não se ofendam os sportinguistas com este comentário, tenho alguma simpatia pelo Athletic Bilbao. Não é por no jogo de hoje ter sido o adversário do Sporting, é uma simpatia que já tem algum tempo e que se deve em boa parte à filosofia do clube.
Os jornais desportivos nunca falam em transferências milionárias de uma qualquer vedeta estrangeira para este clube, nem estrangeira nem espanhola a menos que seja basca, isto porque, neste clube não joga qualquer um. Segundo as regras do Athletic apenas podem envergar a camisola do clube jogadores bascos ou formados em clubes bascos, inclusivamente estrangeiros. Não é um clube racista, é um clube que aposta na sua própria identidade pois permite que por exemplo, jogue neste momento um jogador português nos escalões jovens e um dia ele possa ascender a sénior com a camisola do Bilbao.
Esta mentalidade incute nos jogadores o espirito e garra do clube, o chamado “Amor à camisola”, sendo as suas equipas conhecidas por serem “raçudas”, entregando-se incondicionalmente ao jogo.  Mais, os jogadores vivem o clube de uma forma diferente e alguns abdicam de transferências para clubes de outro nível e ordenados mais vantajosos para fazerem carreira no clube do país basco.
O clube não tem o nível competitivo do Real Madrid e Barcelona, mas manter-se entre os maiores clubes espanhóis e europeus apenas com a “prata da casa”, sem recurso a futebolistas de outros mercados (caso dos sul-americanos), numa altura em que isso é prática generalizada, é no mínimo notável. 

17 de abril de 2012

Crise futebolística


Os jogadores de futebol não ganham todos ordenados milionários, são geralmente bem pagos comparativamente com a média praticada nas outras profissões, mas nem todos ganham balúrdios. Este facto é ainda mais real em equipas portuguesas exceptuando os 3 grandes. 
O meu objectivo não passa por afirmar que os jogadores de futebol são uma classe desfavorecida, mas considerando que é uma profissão de curta duração, rapidamente o dinheiro ganho pela grande maioria dos jogadores se “evapora” se não for muito poupado e mesmo assim, os 10 ou 15 anos de profissionalismo não lhes garante a subsistência até ao fim da vida.
Ultimamente, têm-se ouvido vários casos, geralmente comunicados pelo sindicato dos jogadores, em que os clubes não pagam os ordenados ou que um jogador ou outro, ou mesmo uma equipa inteira se debate com grandes dificuldades para sobreviver condignamente. Hoje, antes de sair de casa para ir trabalhar ouvi uma notícia relacionada com a União de Leiria em que os jogadores tinham 4 meses de ordenados em atraso. Com este cenário não tenho absolutamente dúvida nenhuma que alguns jogadores e respectivas famílias terão bastantes dificuldades para garantir a sua alimentação e restantes despesas básicas.
Quando era pequeno lembro-me de ir várias vezes ao estádio municipal de Leiria ver jogos, numa altura em que o clube militava na segunda divisão, sendo frequente ver a “casa” bem composta ou mesmo cheia. Já com o clube na primeira divisão vi também o estádio várias vezes quase ou mesmo cheio. Com o tempo isso foi mudando e as pessoas foram-se afastando do clube. Ultimamente nem com bilhetes gratuitos o estádio enche e a média de assistência rondará os mil, mil e poucos espectadores. Com estas assistências acontece o inevitável, fracos resultados de bilheteira e menores encaixes por patrocínios. Assim é difícil o clube sobreviver e o mais certo é começar a descer de divisão, sendo difícil não acabar na 3ª divisão, ou acabar mesmo como instituição. 

16 de abril de 2012

O rei vai coxo

http://c2.quickcachr.fotos.sapo.pt
Habitualmente ligo pouco às vidas e afazeres das famílias reais e a razão é simples, o que fazem ou deixam de fazer não me interessa rigorosamente para nada. Contudo tenho alguma simpatia pelo Rei de Espanha, Juan Carlos. É verdade eu simpatizo com um espanhol que não joga no Benfica!
A simpatia que tenho pelo senhor deve-se a achar que o homem é, ou aparenta ser "um gajo porreiro" e que na sua juventude viveu em Portugal , demonstrando habitualmente algum carinho por nós. Posso estar enganado mas é um indivíduo que não tem nada a ver que os snobs da Casa-Real Inglesa.
Pois bem, esta simpatia ficou hoje um bocado abalada (e o Rei deve estar preocupadíssimo) por ter ouvido nas notícias que sua excelência fracturou a anca num acidente ocorrido durante uma caçada a elefantes no Botswana! Sua Alteza Real andava em África aos tiros contra uma espécie em vias de extinção, enquanto o país está com a corda ao pescoço por via das dificuldades económicas, estando mesmo na iminência de seguir o nosso exemplo e pedir ajuda ao FMI.
Da minha parte desejo-lhe do fundo do coração as rápidas melhoras do problema que tem na cabecinha... ah e da anca também!

13 de abril de 2012

O último tabu

Foi ontem posto à venda em França um livro, “O último tabu, revelações sobre a saúde dos presidentes” de Denis Demonpion e Laurent Léger, que expõe alguns segredos dos presidentes franceses. Uma das revelações está relacionada com a morte de François Mitterrand, contrariando a versão de que terá falecido após anos de luta contra um cancro. A versão que o livro aponta não refuta que Mitterrand sofresse de cancro em fase terminal, no entanto refere que o antigo presidente foi “ajudado a morrer”, ou seja, foi praticada a eutanásia.
Segundo o livro, o filho Gilbert Mitterrand reconhece que esta foi mesmo a causa da morte. A eutanásia foi posta em prática por um médico que recorreu à administração de uma injecção para por fim ao longo sofrimento a que estava sujeito o ex-presidente.
As circunstâncias ocorreram há quase 17 anos e tenho sérias dúvidas que das afirmações publicadas possam resultar investigações, até porque este tipo de livros a “atirar para a teoria da conspiração”, não são muito levados a sério e dificilmente mantêm algum crédito. A ser verdade, e não sendo a eutanásia uma prática legal em França, acho que os responsáveis deviam ser punidos, opinião que tenho apenas do ponto-de-vista legal.
Quanto à prática da eutanásia por si só, não me choca, não discordo e vejo-a como um direito legítimo. Quando alguém está num sofrimento extremo, sem perspectivas de melhoras ou numa fase terminal de doença, é compreensível que deseje que tudo isso acabe e que a consequência que daí advém seja a eutanásia. Acho absurdo que se julgue alguém nessas condições e que tal possibilidade lhe seja negada. Não é minimamente justo achar que alguém deve aguentar um grau de sofrimento insuportável, simplesmente por ser do ponto de vista religioso ou moral inadequado não deixar que a natureza siga os seus desígnios. Não sou apologista de que esse seja o caminho a seguir, mas se tiver de ser que se aceite a escolha de quem a faz.

11 de abril de 2012

As cores


http://files.myopera.com

O olho humano consegue distinguir milhões de cores, dessas cores o cérebro do homem consegue atribuir nome a 5 ou 6 com as respectivas variantes e o da mulher a umas largas dezenas… de milhares. Não há aqui qualquer ponta de sexismo, é mesmo factual.
Homem que é homem, sem ofensa para aqueles que desenvolvem práticas alternativas, conhece o branco, o preto, o vermelho, o azul, verde e pouco mais. Conhece ainda as respectivas variantes, como vermelho-claro, vermelho-escuro e o avermelhado. Tudo o que saia fora desta lógica já não será certamente uma cor. Por exemplo o anil ou índigo, que dizem (certamente as mulheres) fazer parte do arco-íris, não é uma cor para os homens porque se trata de um azul. Nunca nenhum homem terá dito ter umas calças de cor anil! Tem umas calças azuis, que quando muito podem ser claras ou escuras e ponto final!
Esta explicação vem na sequência de uma conversa com um colega de trabalho enquanto ele analisava o conjunto de cores padrão “RAL”, em que uma das cores se chamava “Verde menta” e outra “Verde pino”. Perante estes nomes a minha reacção foi, “Podemos depreender que esses padrões foram elaborados por uma mulher”. A explicação é simples, se fosse um homem a fazer uma compilação de cores, os nomes começariam pelo nome da cor que depois evoluía através de um código ou numeração. Teríamos o verde-escuro 1, o verde-escuro 2… o verde 1, o verde 2… o verde-claro 1, o 2 e assim sucessivamente.
Desde que me casei que a convivência com a minha mulher me fez descobrir, ainda que só de nome, um conjunto de cores que nem nos meus pensamentos mais criativos eu suporia existirem. É certo que por vezes tenho grande dificuldade em distingui-las e associá-las aos nomes, mas já sei que existe fúcsia, rosa-choque e magenta, só para o cor-de-rosa (que na verdade nem devia ser cor por não passar de um mero vermelho claro). 

9 de abril de 2012

Páscoa


Neste último fim-de-semana celebrou-se a Páscoa, que assinala a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Eu gosto bastante desta época essencialmente por dois motivos, amêndoas e fim-de-semana grande. Não são motivos muito religiosos, eu sei, mas são igualmente legítimos.
Com o passar do tempo vai-me restando cada vez mais o fim-de-semana grande, já que agora o centro das atenções passa a ser a pequenita, que no entanto ainda não tem idade para receber doces. Talvez para o ano eu lhe possa dizer que a bem da sua saúde tenha de ser eu a comer as suas guloseimas, com argumento que ela ainda é pequenina e isso lhe faz mal.
Não sendo uma época “doce” como há uns tempos atrás, gostei deste fim-de-semana, foi bem passado, com a família por perto e sem “stresses”. Só faltou mesmo o filme “Os dez mandamentos” que está para a Páscoa como o “Sozinho em casa” para o Natal. Ainda assim, a RTP2 não se esqueceu de passar no Sábado à noite “Ben-Hur”, que a par do “Titanic” e “Senhor dos Anéis:O retorno do rei” é o filme mais galardoado de sempre com 11 óscares.
Estive também com o meu único afilhado de baptismo a quem dei uma prenda que o deixou maravilhado, em substituição das amêndoas da páscoa por ele ter apenas 2 anitos, pelo menos a medir pelo entusiasmo da resposta e sorriso rasgado, “É giro, padrinho!”. Quando assim é, o prazer de oferecer é sempre mais recompensador.

4 de abril de 2012

Acima da lei


Português: O ex-presidente de Portugal, Mário ...
Wikipedia
Segundo noticia o jornal Diário de Notícias, o carro onde seguia o ex-presidente Mário Soares foi apanhado pelos radares da GNR a 199 km/h na A8, sendo mandado parar na área de serviço de Leria.
Pelo que é relatado Mário Soares “foi bastante mal-educado” para os militares da GNR e afirmou que “O Estado é que vai pagar esta multa” quando confrontado com a infracção. As consequências mais graves foram sofridas pelo motorista oficial, que conduzia o carro de alta cilindrada propriedade do Estado, que ficou com a carta de condução apreendida. Certamente que não terá sido o motorista a tomar a iniciativa de circular àquela velocidade, no entanto cumprir ordens não o ilibará de responder pelo acto.
Há desde já uma questão que me intriga, se eu fosse apanhado a conduzir a esta velocidade no meu carro e fosse mal-educado para os agentes da autoridade o que é que aconteceria? Será que não era levado para o posto ou sujeito a uma outra qualquer multa ou coima pelo desrespeito por um agente da autoridade?
Não tenho qualquer simpatia pelo senhor Mário Soares, reconheço que até pode ter tido alguma importância na manutenção da liberdade no pós 25 de Abril, no entanto a ideia que tenho de si, pela sua postura e actos ao longo dos anos é a de um extraordinário oportunista, moralmente fraco e malformado. Os últimos factos são bem disso prova.
Até poderá ser uma mente brilhante, mas como se pode constatar, é alguém que se julga acima da lei e que procura sobretudo usá-la em seu favor, bem como dos privilégios que conserva por ter sido primeiro-ministro e presidente da república. Por isso não me merece a consideração que a sua avançada idade requere e vejo-o como mais um dos muitos pançudos a comer à conta do bolso dos muitos que têm, sobretudo nesta altura, de apertar o cinto.

3 de abril de 2012

Portátil avariado


Na passada sexta-feira o meu estimado companheiro dos últimos quatro anos, o meu computador portátil, não correspondeu da melhor forma quando o liguei. Ao que tudo indica a placa gráfica já teve melhores dias e começou a enviar para o monitor uma “chuva” persistente, uns riscos, a bloquear ou simplesmente não mostrar nada para além da tela preta.
Um amigo meu, perito na matéria, engelhou o nariz quando lhe contei o sucedido e depois de constatar a avaria disse-me para ir a uma loja de informática, para me darem um orçamento ou apontar uma solução mais concreta.
Fui a uma loja informática cujo diagnóstico foi coincidente. Ainda assim, tentaram uma reparação do software para descargo de consciência. Qualquer uma das hipóteses, caso esta não tenha resolvido o problema, implica sempre entrar em despesas, em último caso pela compra de um portátil novo, coisa que me deixa bastante chateado pois embora tenha 4 anos a máquina funcionava na perfeição, antes deste contratempo.
A minha principal preocupação era por a salvo no disco externo as muitas coisas que lá tenho, sobretudo as fotografias das muitas memórias e principalmente as da pequenita que nesta fase cresce a um ritmo alucinante.
Quando cheguei a casa ontem, depois de se “engasgar” mais umas duas ou três vezes, o pc arrancou como se nada tivesse acontecido e para meu grande alívio deixou-me passar tudo o que queria para o disco externo e garantir que as memórias não iam ficar apenas na minha mente.
Por enquanto vou ver como é o fiel companheiro se porta nos próximos dias para tomar uma decisão, é que a mim faz-me mesmo muita falta um computador, aliás de todos os “electrodomésticos” este é mesmo o que mais falta me faz, ou pelo menos aquele que mais me ocupa.