Li ontem numa notícia
que segundo o Eurostat, 5000 emigrantes portugueses abdicaram de o serem e
pediram nacionalidade do país de acolhimento. Se para os países que lhes
concederam outro bilhete de identidade não há problemas nisso, para mim também
não.
Quanto à atitude, eu,
Joel Mota, enquanto mantiver a minha sanidade mental, nunca o farei. Mesmo que
um dia as circunstâncias me levem a viver noutro país, jamais e em tempo algum
eu abdicarei de ser português. Por mais insatisfeito que me sinta com o rumo do
país, por mais que nos afundemos, por mais difícil que seja viver cá, nunca o
meu orgulho em ser português será afectado e nunca eu renegarei a minha pátria.
Bem diferente é ter
vergonha que algumas pessoas tenham a minha nacionalidade. Lamento profundamente,
por exemplo, que José Sócrates, Passos Coelho, Victor Gaspar, Durão Barroso ou
António Guterres sejam portugueses. Estaria muito mais satisfeito se estes
bandalhos tivessem nascido para lá da fronteira. Tal como me faria feliz que
alguns dos chicos-espertos que por cá andam fossem espanhóis ou de outra
nacionalidade qualquer que não a minha.
Como não posso fazer
nada quanto a este problema, mantenho-me orgulhoso por ser português como D.
Afonso Henriques, D. Nuno Álvares Pereira, Vasco da Gama, Aristides de Sousa
Mendes, Fernando Pessoa, Camões ou tantos outros célebres ou anónimos que
fizeram de Portugal o enorme país que é, quanto mais não seja pelo seu passado, pela riqueza cultural e humana.
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