21 de novembro de 2012

Nacionalidades


Li ontem numa notícia que segundo o Eurostat, 5000 emigrantes portugueses abdicaram de o serem e pediram nacionalidade do país de acolhimento. Se para os países que lhes concederam outro bilhete de identidade não há problemas nisso, para mim também não.
Quanto à atitude, eu, Joel Mota, enquanto mantiver a minha sanidade mental, nunca o farei. Mesmo que um dia as circunstâncias me levem a viver noutro país, jamais e em tempo algum eu abdicarei de ser português. Por mais insatisfeito que me sinta com o rumo do país, por mais que nos afundemos, por mais difícil que seja viver cá, nunca o meu orgulho em ser português será afectado e nunca eu renegarei a minha pátria.
Bem diferente é ter vergonha que algumas pessoas tenham a minha nacionalidade. Lamento profundamente, por exemplo, que José Sócrates, Passos Coelho, Victor Gaspar, Durão Barroso ou António Guterres sejam portugueses. Estaria muito mais satisfeito se estes bandalhos tivessem nascido para lá da fronteira. Tal como me faria feliz que alguns dos chicos-espertos que por cá andam fossem espanhóis ou de outra nacionalidade qualquer que não a minha.  
Como não posso fazer nada quanto a este problema, mantenho-me orgulhoso por ser português como D. Afonso Henriques, D. Nuno Álvares Pereira, Vasco da Gama, Aristides de Sousa Mendes, Fernando Pessoa, Camões ou tantos outros célebres ou anónimos que fizeram de Portugal o enorme país que é, quanto mais não seja pelo seu passado, pela riqueza cultural e humana.

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