Os últimos dias foram de um enorme desespero. Pela segunda vez em menos de duas semanas a pequenita adoeceu e tivemos de a levar ao hospital. Se na primeira vez a coisa até acabou por passar sem sobressaltos de maior e se resumiu a "pouco" mais do que uma virose com febres altas, nesta semana a coisa foi pior.
Na madrugada de sábado para domingo começou com febre, que foi aumentando com o passar do tempo, sendo os picos cada vez menos espaçados. Ao final da tarde e apenas duas horas depois da medicação para baixar a febre, começou a tremer, a ficar com as mãos frias e roxas, com a temperatura a rondar os 39,5ºC. Pegámos nela e fomos para o hospital. Chegados lá, mandaram-na entrar sem aguardar pela triagem. Quando lhe mediram novamente a temperatura, estava com 40,5ºC.
Foi medicada, vista, revista, foram-lhes feitas análises e seis horas depois voltámos para casa com o diagnóstico, herpangina, uma virose que se manifesta por aftas na boca e garganta, conjuntamente com temperaturas altíssimas. Aparentemente nada de grave, desde que a criança se mantenha bem hidratada.
Na segunda-feira, o dia foi um tormento. A febre baixou mas as dores que a pequenita tinha mantiveram-na todo o dia muito chorosa, com queixas constantes, prostrada e o mais preocupante de tudo, praticamente sem comer.
A partir de terça-feira recuperou paulatinamente e na quarta-feira já estava como se nada tivesse acontecido, excepto na parte da alimentação, aliás até na parte da alimentação estava tudo normal, ou seja, difícil como sempre!
Felizmente, a pequenita nos seus dois anitos é uma extraordinária doente, isto porque, aguentou bravamente a "pica" no braço para as análises sanguíneas e a sonda para a análise à urina, quase sem se queixar ou chorar. Para além disso, não se recusou a colaborar com os médicos e enfermeiros que a observaram, afinal já é uma "menina gande".